O JUSTO E SUA CAPACIDADE DE RESISTÊNCIA


Tive a satisfação de trabalhar esse tema em uma pregação, na Igreja Evangélica Pão da Vida, onde congrego, no dia 01 de dezembro / 2013. Espero que goste.


Texto: Mateus 5. 10-12.

INTRODUÇÃO:
Vamos relembrar as sete bem-aventuranças: felizes são os humildes de espírito, os que choram, os mansos, os que tem fome e sede de justiça, os misericordiosos, os limpos de coração, os pacificadores.
Aqueles que cultivam essas virtudes não podem ser compreendidos pelo mundo. Estes são os inconformados com o presente século, são os desajustados, não se acomodam ao mundo e por isso são perseguidos.
Será que ser perseguido, ser injuriado por causa do evangelho, está em harmonia com os ensinamentos de Cristo? Sim, porque não pode haver comunhão entre a luz e as trevas, entre Cristo e Belial, entre Deus e Mamon. Os seguidores de Cristo sempre terão contra si as hostes inimigas.
Fale para seu irmão: Aguenta, meu irmão. Em Cristo, somos mais que vencedores!

I.                    OS MOTIVOS DA PERSEGUIÇÃO
1.       “Por causa da justiça”.
A expressão “justiça” refere-se a um bem íntimo da própria personalidade, uma atitude justa e reta em nossas relações com Deus. A justiça de Deus incomoda as pessoas que estão no pecado. Os que estão na carne até gostam e se deleitam quando ouvem falar do imensurável amor de Deus. É comum em sermões se falar de ética social, relações humanas; os pregadores esboçam as mais variadas correntes filosóficas, tudo com uma linguagem que faz bem aos seus ouvidos. Evitam falar-lhes de forma que fira o “eu”.
A Bíblia nos apresenta vários exemplos de pessoas que sofreram por não mascarar a verdade. O rei Joaquim (Jeremias 36.20-26), quando o livro do Senhor começou a ser lido diante dele, ele não gostou. Sacou de um canivete de escrivão, cortou-o e lançou-o no fogo. Jeremias foi lançado dentro de uma cisterna porque levou um recado de Deus, que combatia o pecado. Micaias (1 Reis 22) foi lançado na prisão pelo rei Acabe e angustiado com escassez de pão e água, só porque anunciou a este a sua derrota na guerra com os sírios. João Batista, coitado, foi degolado por Herodes, que não suportou a sua repreensão por causa de Herodias, esposa de seu irmão Filipe (Mateus 14.3,4).
Diga aí para o seu irmão: Achou pouco?

Jesus Cristo, filho do Altíssimo, imaculado, também foi perseguido por ter zelo para com as coisas do Pai. Eles o prenderam porque suas palavras eram como que espadas afiadas ferindo os seus pecados.
2.       “Por minha causa”.
  Jesus Cristo disse: “Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me. Aquele que não deixar casa, amigos, por amor de mim não é digno de mim.”. O apóstolo Paulo, em 2 Timóteo 3.2, afirma: “Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos”.
A causa de Cristo tem sido alvo de muitas perseguições. Começou nos primórdios quando a Igreja foi perseguida em Jerusalém, levando os cristãos a se dispersarem pela Judeia e Samaria, exceto os apóstolos (Atos 8). Já ouviram falar do “massacre na noite de São Bartolomeu”? Isso aconteceu em 24 de agosto de 1572, em Paris. Nesta data, a casa real francesa organizou uma matança generalizada contra religiosos protestantes que comemoravam o casamento do seu líder Henrique de Navarra com Margarida Valois. As matanças duraram vários meses e se espalharam por outras cidades francesas. Ao todo, entre 30 mil e 100 mil protestantes franceses, chamados huguenotes, foram brutalmente assassinados.
Nunca foi fácil defender uma causa nobre. Jesus prevendo o futuro do seu povo, disse aos seus discípulos: “No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.” A história marca em seu registro os crimes mais hediondos. Os seguidores de Cristo já derramaram aos milhares o seu sangue por amor ao evangelho. Não nos deixemos iludir, o evangelho de Cristo exige de seus seguidores renúncia, abnegação e amor.


Cutuca o ombro aí do seu irmão e diz: Ainda quer seguir a Cristo?

II.                  A ATITUDE DAQUELES QUE SÃO PERSEGUIDOS

1.       “Regozijai-vos”.
O estóico suporta-o com certa apatia ou indiferença. O epicureu submete-se a ele com resignação e uma espécie de fatalismo. O pirrônico nega a existência da dor, considerando-o uma ilusão. O budista procura evitá-lo. Já o cristão regozija-se quando é perseguido e muitas vezes com ela exulta e se alegra, porque é condição para o seu próprio aperfeiçoamento. O cristão regozija-se quando é perseguido por causa de Cristo e por sua causa (I Pedro 4.14-16, Atos 5.41).

2.       “Alegrai-vos”.
A perseguição, ao invés de nos causar tristeza, deve nos despertar alegria. As fogueiras da perseguição apenas espalharam faíscas e flamas, novos centros de fé e ardor surgiram por todo o Império Romano. Alegremo-nos pelo fato de sabermos que os nossos nomes estão escritos nos céus.


III.                BÊNÇÃOS DA PERSEGUIÇÃO

1.       São muito significativas estas palavras de Jesus: “Se o grão de trigo cair na terra e não morrer fica ele só, mas se morrer dá muito fruto.”
A águia a certa altura desmancha o ninho em que seus filhos estão. Ela faz isso de propósito, porque acha perigoso ficarem no ninho. Ela, sabiamente, ao perceber que seus filhos estão em condições de aprender a voar, desmancha o ninho e os ensina. A aguiazinha vai sobre o abismo e começa a bater-se em aflição, mas a águia mãe vai por baixo, garantindo-a. Assim fez Deus, quando permitiu que os cristãos fossem dispersos e caminhassem para a Judeia e Samaria. Só assim a igreja levou a efeito a missão: “ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda a criatura”.

2.       “Grande é o vosso galardão nos céus”.
A visão que o apóstolo João teve dos mártires foi gloriosa (Apocalipse 7. 9-17). Vivemos num mundo onde as pessoas estão à procura de posições, de glórias, de recompensas. Não nos esqueçamos, porém, que o verdadeiro e pleno galardão é aquele que um dia receberemos na glória do Pai.

SE VOCÊ AINDA CONTINUA COM A MESMA CONVICÇÃO DE SERVIR A CRISTO, DÊ UM GLÓRIA A DEUS BEM FORTE AÍ, PORQUE EU JÁ ESTOU DANDO AQUI!

 

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